O Paraná vive um dos momentos mais marcantes de sua história demográfica. Segundo as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10), o estado registrou em 2024 o menor número de nascimentos desde o início da série histórica, em 2003.Nascimentos em queda histórica
Em 2024, foram contabilizados 131.189 nascimentos no Paraná. O número representa uma queda de 6,3% em relação a 2023, quando houve 139.999 registros. É o segundo ano consecutivo em que o estado bate recorde negativo de nascidos vivos.
O pico da série aconteceu em 2015, com 160.338 nascimentos quase 30 mil a mais do que o registrado no ano passado.
Mesmo com essa queda, o Paraná segue entre os estados com maior número de nascidos vivos no país, atrás apenas de:
-
São Paulo (471.191)
-
Minas Gerais (220.466)
-
Rio de Janeiro (163.339)
-
Bahia (159.337)
Óbitos voltam a crescer
Enquanto os nascimentos caem, as mortes voltaram a subir no estado. Em 2024, foram registrados 88.905 óbitos, um aumento de 7% em comparação aos 83.117 registros de 2023.
Esse é o terceiro maior número de mortes da série histórica, ficando atrás somente dos anos mais críticos da pandemia:
-
2021: 111.796 mortes
-
2022: 89.344 mortes
Casamentos em alta e divórcios em queda
Os dados do IBGE mostram que 2024 também foi um ano de retomada para as uniões estáveis e celebrações matrimoniais no Paraná.
Foram registrados 59.338 casamentos, um crescimento de 3,9% sobre os 57.138 realizados em 2023. É o maior volume de uniões desde 2017, quando o estado registrou 60.609 casamentos.
A tendência é de recuperação após a queda significativa em 2020 e 2021, anos marcados pelas restrições sanitárias da pandemia, quando os números despencaram para 45.764 e 51.261 cerimônias.
Enquanto isso, os divórcios seguem em queda pelo terceiro ano consecutivo, mostrando um movimento inverso ao registrado nas uniões.
Os dados revelam mudanças importantes no comportamento populacional do Paraná, com menos nascimentos, mais mortes e um aumento contínuo nas uniões civis. Um retrato que ajuda a entender a transformação demográfica e social do estado nos últimos anos.
Fonte: NH NOTÍCIAS