O Procon PR se manifestou a respeito do apagão cibernético generalizado que atingiu boa parte do mundo, nesta sexta-feira (19 de julho), e informou que consumidores lesados podem abrir reclamações e recorrer caso tenham sido prejudicados de alguma forma. No Brasil, a pane global afeta principalmente sistemas bancários e companhias aéreas.
“Se você consumidor teve algum prejuízo em relação ao seu banco, não pôde efetuar o pagamento de uma conta, não consegue acessar o aplicativo, está encontrando algum tipo de estabilidade, ou teve um voo cancelado, atraso de voo ou serviços de telefonia que eventualmente estejam interrompidos ou com falhas, é possível registrar a sua reclamação”, explica Claudia Silvano, diretora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor.
De acordo com Silvano, o processo de reclamação em relação ao apagão cibernético pode ser feito como qualquer outra contestação, ou seja, através dos canais online do Procon PR, presencialmente no órgão estadual e pelo site federal.
“Você pode utilizar os nossos canais online que estão funcionando normalmente para fazer sua reclamação ou pode comparecer pessoalmente no Procon PR para fazer o seu registro. Lembrando que temos também a plataforma consumidor.gov.br, que permite ao consumidor reclamar sem sair de casa”, completa a diretora.
APAGÃO
Além das companhias aéreas e bancos, o apagão cibernético – causado pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike – também afetou emissoras de TV, supermercados e inúmeros outros negócios em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, foram relatados problemas em serviços de distribuidoras de energia e no sistema do Hospital das Clínicas de São Paulo.
As principais queixas no país giram em torno de aplicativos e internet banking de bancos como Bradesco, Itaú, Caixa e Banco do Brasil e de atrasos de voos, a maioria deles por dificuldades no sistema de check-in, o que levou algumas companhias a realizarem o procedimento de forma manual.
A Azul divulgou que enfrenta intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas e, por isso, alguns voos estão sujeitos a atrasos pontuais. “A recomendação é que os clientes que possuem voo hoje, e ainda não realizaram o check-in, cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia.”
O Banco Central, o banco Nubank e a Força Aérea Brasileira informam que seus sistemas estão operando normalmente e não foram afetados pelo apagão cibernético.
“O sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, incluindo todos os equipamentos e softwares utilizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, permaneceu operando normalmente durante o período. Não houve impacto nos serviços de navegação aérea providos, mantendo-se o levado nível de segurança das operações”, disse a FAB.
CAUSA DO PROBLEMA
Em nota, a empresa norte-americana de segurança cibernética CrowdStrike assumiu a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversos países. Segundo o CEO George Kurtz, o problema já foi “identificado, isolado e uma correção foi implantada”.
“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, informou por meio das redes sociais o CEO da CrowdStrike.
A empresa ainda explica que a pane ocorreu devido a uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, com relação ao sensor Falcon. Por outro lado, aparelhos com os sistemas Mac e Linux não foram afetados.
“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados”, explica outro trecho do comunicado.
George Kurtz ainda sugeriu a seus clientes entrem em contato com a empresa pelos canais oficiais:
“Recomendamos, ainda, que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”.
Fonte: Gmais Notícias
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